O que é Cannabis Medicinal?
Nos últimos anos, o termo Cannabis Medicinal vem ganhando destaque em diversas matérias e reportagens, sendo possível observar um aumento significativo no interesse por parte dos brasileiros em saber mais sobre o tema. Compreender, portanto, o que é Cannabis Medicinal é fundamental para aqueles que buscam na planta uma alternativa medicamentosa para tratar alguma patologia específica.
Antes de entrar e explicar propriamente a parte medicinal, entender a Cannabis é crucial para navegar no conceito de toda a prática médica que envolve essa erva. A origem da palavra vem do Grego – κάνναβις (kánnabis) – e os primeiros registros do uso da planta como remédio datam de 2.700 A.C. na China, onde há relatos de que o Imperador chinês Shen- Nung já fazia uso terapêutico da planta, que mais tarde seriam registrados em um livro, o Pen-Tsao Kang-Mu (um dos mais completos de toda a história).
A Cannabis enquanto espécie é uma erva anual, dioica e angiospérmica originária do Centro-Sul do continente asiático. Existem 3 subespécies da planta sendo conhecidas como Cannabis Sativa, Cannabis Indica e Cannabis Ruderalis. Crucial aqui é compreender que essa erva tem origem e evolução 100% natural e não é, nem nunca foi, “fabricada” pelo homem.
A relação da Cannabis com a espécie humana, contudo, sofreria muitas variações ao longo dos séculos com as sociedades, especialmente aqui no ocidente, onde o entendimento da erva foi muito influenciada por aspectos éticos e principalmente culturais.
Apesar de nunca ter tido ampla penetração na sociedade, a relação proibitiva e a criminalização começaram a ficar mais fortes a partir do início do Séc. XX. A história mostra que a classificação da Cannabis como droga ilícita ganha força em 1930 com a criação, por parte do Governo Americano, do Federal Bureau of Narcóticos (Departamento Federal de Narcóticos), para combater o uso de cocaína e ópio.
Pouco tempo depois a Cannabis seria incluída nessa lista de substâncias a serem combatidas. Essa onda proibitiva que começara nos EUA logo chegaria ao Brasil e influenciaria a forma como nós aqui encaramos a Cannabis.
O motivo pelo qual a Cannabis foi incluída nessa gama de substâncias foi originalmente atribuído ao seu caráter psicoativo.
Contudo, não é possível descartar outros motivos como o próprio desconhecimento, pré-conceito e outros interesses da indústria farmacêutica que viam na erva uma concorrente de peso para terapias com opioides e outros tipos de drogas sintéticas legais. Esse caráter proibitivo prejudicou o desenvolvimento de estudos clínicos e científicos sobre as propriedades da planta, que só começariam a ganhar alguma relevância a partir da década de 1960.
Contudo, graças a trabalhos científicos brilhantes como os do Cientista Israelense Raphael Mechoulam, o primeiro no mundo a isolar o Canabidiol (CBD) e o Tetrahidrocanabinol (THC), nós começamos e construir as evidências científicas de algo que a humanidade já sabia empiricamente há séculos.
O trabalho de Raphael Mechoulam foi o responsável por jogar luz nos porquês de a Cannabis ser de fato uma erva com propriedades medicinais poderosas.
Isso se dá primariamente pela existência em nosso corpo de um sistema chamado Endocanabinoide, responsável por regular diversas funções corporais e exercer interação reguladora com diversos outros mecanismos como o Sistema Imunológico e o Sistema Nervoso Central. Raphael descobriu que as substâncias extraídas da Cannabis se ligam aos receptores do nosso sistema Endocanabinoide e que essa ligação ajuda no equilíbrio de todo o nosso organismo. Isso explica o motivo da Cannabis ser eficaz em tantos casos e promover a sensação de bem-estar generalizado.
Essas descobertas possibilitaram o nascimento de toda uma nova indústria que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Com os avanços científicos e investimentos pesados do setor privado, hoje, o mercado da Cannabis Medicinal conta com diversos produtores de Medicamentos que trazem em sua composição as substâncias retiradas da Cannabis, essas substâncias são conhecidas como Fitocanabinoides.
A própria prática médica vem introduzindo cada vez a prescrição de Fitocanabinoides para o tratamento das mais diversas patologias, com cada vez mais evidências clínicas de sucesso. Precisamos destacar que o papel do médico é fundamental, pois, como em qualquer substância, a aplicação na dosagem correta bem como o acompanhamento clínico do Paciente são cruciais para a eficácia e segurança do tratamento. Nunca se automedique.
Por fim, podemos concluir, o termo Cannabis Medicinal é uma tentativa de desconstrução dessa imagem estigmatizada que a erva ainda tem em nossa sociedade.
Cannabis Medicinal é nada mais do que o tratamento, ministrado por médicos especializados de forma responsável, com os Fitocanabinoides. Toda a Cannabis é essencialmente medicinal, mas seu uso (forma e quantidade) deve sem sempre acompanhado de um especialista.
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