A Ansiedade, desde o aparecimento dos primeiros humanos, surgiu como uma resposta automática, necessária e imediata ao perigo. Chamamos a esta reação como de luta-e-fuga.
Ou seja, quando o homem das cavernas se defrontava com algum perigo o seu organismo disparava uma descarga de adrenalina e noradrenalina pelo Sistema Nervoso Simpático. Assim ele ficava em alerta máximo para fugir ou lutar contra essa ameaça.
E quais são os sinais e sintomas dessa descarga de adrenalina e noradrenalina? Taquicardia – O aumento do número de batimentos do coração faz com que mais sangue seja enviado para o corpo, principalmente músculos e cérebro, para lutar ou fugir. Hiperventilação – É uma respiração superficial e acelerada visando aumentar o nível de oxigênio (O2) para os tecidos e eliminar alta dose de dióxido de carbono (CO2).
Além disso, medo, sensação de perda de controle ou morte, aumento da transpiração, suor frio, dormência nas extremidades boca seca, náuseas, sensação de peso no estômago ou no peito, enrijecimento muscular, dificuldade de concentração.
Sintomas de ansiedade na nossa sociedade moderna podem também ser reproduzidos de várias formas, simulando situações de perigo. Dentre elas, situações de estresse, hiperventilação, mudanças naturais no corpo e condicionamento interoceptivo.
Se você está estressado produz mais adrenalina que dispara esses sintomas. E a adrenalina pode se manter no organismo mesmo após o desaparecimento do fator gerador de estresse, gerando um ciclo em que, mesmo sem um fator desencadeante, você continue ansioso.
A hiperventilação, variações hormonais, aumento da frequência cardíaca causada pela cafeína, Coca-Cola, também agem como gatilho para o transtorno de ansiedade.
Por fim, o indivíduo se torna cada vez mais atento a esses sintomas físicos associando-os a situações traumáticas de medo ou pânico. A associação condicionada faz com que se perpetue em um ciclo de medo – reações de luta-e-fuga – medo.